Laser para tratamento odontológico? Conheça as suas vantagens
Artigos - 04/07/2011
Luz com características muito especiais, que lhe conferem propriedades terapêuticas. O laser emite sempre uma luz pura, sem mistura, diferentemente da luz comum, formada de vários comprimentos de onda. Quais os tipos que existem? Qual a vantagem do laser terapêutico? Qual a vantagem do laser cirúrgico? E o laser para diagnóstico, como funciona e para que serve em Odontologia? Existe contra-indicação para os tratamentos com laser? Posso substituir todos os meus tratamentos dentários convencionais por tratamentos com laser? O laser substitui o tratamento com motorzinho? Por que o tratamento com laser é caro?
Existem três tipos de laser. Um deles é o laser terapêutico, que usamos em substituição aos medicamentos ou em conjunto com eles. Ele tira a dor, é usado como antiinflamatório e ajuda na cicatrização. Outro tipo de laser é o cirúrgico, que remove tecido, corta, vaporiza. Por isso, pode ser usado em cirurgias, para a remoção de cáries e para a esterilização de lesões. Além desses, existe ainda um laser usado exclusivamente para diagnóstico.
A grande vantagem é que, em vez de o paciente tomar medicamentos, o laser ativa o próprio organismo a produzir certas substâncias que podem, muitas vezes, substituí-Ios. Por exemplo, se o paciente precisa de cortisona, o laser induz seu organismo a produzir cortisol, então ele não tem de tomar o medicamento, ou pode tomá-lo em doses reduzidas.
Esse tipo de laser, ao mesmo tempo que corta o tecido, provoca coagulação e fechamento de vasos linfáticos e terminações nervosas. Isso quer dizer que, nessas cirurgias, não há sangramento, há menos edema depois da cirurgia, e os pacientes têm um pós-operatório muito menos doloroso. Possibilita, portanto, a realização de cirurgias de modo menos invasivo e agressivo. Para a remoção de cárie, a vantagem é que os pacientes necessitam de menos anestesia que nos tratamentos convencionais. A grande vantagem, porém, é que, além de remover a cárie, o dentista é capaz de esterilizar esse dente e deixá-Io com uma dureza maior do que a que tinha antes do tratamento.
É um laser que opera em uma potência muito baixa, emitindo uma luz visível que vai até o dente, é absorvida na sua superfície e emite uma fluorescência, que pode ser mensurada no painel do aparelho, variando conforme o tipo ou a gravidade da cárie que há no dente. É um método de diagnóstico muito interessante, que desempenha um importante papel na prevenção odontológica. Esse método não "machuca" o dente, ao contrário dos realizados com sondas, que ferem a superfície dental por ocasião do exame clínico, mesmo que ela esteja íntegra.
Pelo contrário, o laser cirúrgico é muito bem indicado para pacientes portadores de discrasias sangüíneas, diabetes e todas as doenças degenerativas, obtendo bastante sucesso no tratamento de pacientes portadores de doenças imunossupressoras. Também não há contra-indicação para o uso em mulheres grávidas ou pacientes com problemas no coração. Uma vez que a cirurgia com laser cirúrgico não sangra, não causa estresse e provoca menos edema no pós-operatório, esses pacientes, que em Odontologia chamamos de "pacientes especiais", são os principais beneficiados com essa técnica.
Não. Não se pode dizer que o laser terapêutico e o cirúrgico substituam tecnicamente todos os tratamentos convencionais. Eles têm grandes indicações, porém, como todas as técnicas, têm suas limitações. É importante lembrar que o tratamento com laser algumas vezes substitui tratamentos com técnicas convencionais, mas outras vezes funciona apenas como coadjuvante.
Infelizmente, não em todos os casos. O uso do laser em dente, ainda que muito efetivo, é limitado. Ainda não se podem fazer preparos extensos, como os de coroas, por exemplo.
Porque os aparelhos utilizados nesses tratamentos são muito caros. Além disso, o profissional que os utiliza precisa ter uma formação específica na área, o que demanda investimento de sua parte. Todo o conceito de tratamento odontológico com laser passa a ter uma conotação mais sofisticada, o que acaba onerando o tratamento. Por exemplo, para ter esse equipamento no consultório, este precisa estar equipado com determinados dispositivos, precisa haver uma sala apropriada. Tudo isso acaba somando custos, que são repassados para o paciente.